Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica

Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica

Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica

Olá, marujos! Hoje vamos mostrar como ensinar as teorias dos elementos primordiais dos pré-socráticos monistas através de uma dinâmica. Vamos relembrar quem são esses filósofos, o que eles estudavam e como aplicar a dinâmica. Vamos lá!

Pré-socráticos Monistas

Os pré-socráticos foram os primeiros filósofos, que habitavam a Grécia Antiga e propuseram que a origem do universo se deu através de elementos primordiais naturais (ao contrário da teoria mitológica, que defendia uma criação divina do universo).

O grupo dos monistas era formado por pré-socráticos os quais defendiam que o elemento primordial era um. Ou seja, tudo veio de apenas um elemento.

Para entender melhor esse conceito, você pode ler esse artigo que escrevi sobre o conceito de Arché.

Relação dos Principais Pré-socráticos Monistas e seus Elementos Primordiais

Tales de Mileto (c. 624-548 a.C.) – Elemento Água: para ele, a água era o elemento que existia em maior abundância na natureza e estaria presente em tudo o que existe, assim como é essencial para a vida. Além disso, sua propriedade de se transforma em gás, líquido e sólido combina com a teoria de transformação necessária para o elemento dar origem às outras coisas.

Anaxímenes de Mileto (c. 588-524 a.C.) – Elemento Ar: para ele, o ar tem mais sentido em ser o elemento primordial, porque é invisível e, por isso, mais simples. Ele também está em tudo, tem em abundância e é essencial para a vida. Os demais elementos surgiram da condensação do ar.

Xenófanes de Cólofon (c. 570-475 a.C.) – Elemento Terra: para ele, a base de tudo é a terra, inclusive existe terra debaixo dos mares. Além disso, tudo o que existe dependia da terra para se sustentar e da terra brotava a vida.

Heráclito de Éfeso (c. 540-470 a.C.) – Elemento Fogo: para ele, a essência das coisas é se transformar, viver em constante mudança, e o único elemento natural que faz isso é o fogo. A chama sempre está se mexendo e o fogo transforma tudo o que ele toca.

Anaximandro de Mileto (c. 610-546 a.C.) – Elemento Ápeiron (O Indefinido): para ele, existia um elemento natural, invisível, que está por trás da origem de todos os elementos que conhecemos. Ele é real, mas não é sensível, pois está disperso e transformado em tudo o que conhecemos.

Parmênides de Eleia (c. 530-460 a.C.) – Elemento Ser Absoluto: para ele, o universo tal qual o conhecemos já surgiu pronto e desse jeito. Tudo o que existe é em si um mesmo elemento, apenas aparentando externamente diferenças. Aquilo que parece transformação e mudança seriam ilusões, interpretações erradas de nossas mentes.

Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica: “Cartas de Batalha”

A inspiração dessa dinâmica é nas cartas do jogo TCG Pokémon. Esse jogo, baseado na franquia Pokémon, possui cartas de batalha com cores diferentes para cada tipo de Pokémon. Cartas azuis de Pokémon de água, verde para os de planta, vermelho para os de fogo e assim vai.

A ideia da dinâmica é que a turma, em grupos, crie uma carta de batalha para cada filósofo monista / elemento primordial. Como são seis filósofos, teríamos seis grupos.

Abaixo vai um exemplo de carta do jogo TCG Pokémon e uma exemplo de carta dessa dinâmica.

Pré-socráticos monistas através de Dinâmica - Carta PokémonPré-socráticos monistas através de Dinâmica - Carta de Batalha

Elementos Presentes nas Cartas

  1. Nome do Filósofo;
  2. Nome do Elemento;
  3. Imagem do filósofo;
  4. Um desenho representativo do elemento;
  5. Um tipo de ataque (com nome e efeito);
  6. Uma descrição da teoria do filósofo (pode usar esse resumo que fiz acima ou pode pedir para eles pesquisarem).

Material Necessário

Uma sugestão para o papel da carta é uma folha de cartolina ou meia folha de papel quarenta quilos, ambas branca.

Para desenhar a estrutura da carta, lápis e canetinha preta.

Para fazer as pinturas, desenhos e decoração, usar lápis de cor, canetinhas coloridas e giz de cera coloridos.

Objetivos

De uma forma lúdica, os alunos vão compreendendo a teoria dos filósofos. Essa dinâmica pode ser aplicada no início da aula, para que eles criem as cartas. No final, as cartas devem ser expostas, para que os demais grupos conheçam os outros pré-socráticos monistas e suas teorias.

Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica: Interdisciplinaridade

Esse trabalho pode ser feito junto com o professor de Artes. O professor pode tanto orientar os alunos nas técnicas de desenho e pintura quanto pode sugerir a criação de um desenho inspirado em algum estilo clássico de pintura (por exemplo, o cubismo).

Pré-socráticos Monistas através de Dinâmica: Conclusão

Essa dinâmica é uma proposta simples mas eficaz de passar esse conteúdo. O conceito de Arché provavelmente foi ensinado na aula anterior, sendo agora apenas a parte de conhecimento dos filósofos e dos elementos. Por isso, essa proposta deixa a aula menos “decoreba” e mais divertida.

Posteriormente, essas cartas poderão ser usadas para a criação de algum tipo de jogo, por exemplo, um jogo da memória.
Para fazer esse jogo, pode-se usar as cartas produzidas por outra turma ou sugerir que os alunos criem outra “rodada” de cartas (mas mudando os grupos e/ou os elementos).

E aí? Testaram a atividade? Deixa nos comentários como foi. Achou a proposta legal? Compartilha com o seu professor ou com os seus colegas de profissão. Quer deixar alguma sugestão ou proposta de atividade? Entra em contato comigo.

Até a próxima e tenham uma boa viagem!

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Professor de filosofia desde 2014 e nerd desde sempre. Tem como objetivo pessoal mostrar às pessoas que filosofia é importante e não é uma coisa chata. Gosta de falar dos temas filosóficos de forma descontraída e atual, fazendo muitas referências ao universo nerd.