Olá, marujos! Hoje, faremos uma reflexão sobre o filme Amor e Monstros. Nesse filme, o jovem Joel decide arriscar a vida saindo da sua colônia de humanos durante um apocalipse de monstros para encontrar sua ex-namorada que mora em outra colônia. Na reflexão, mostro como esse filme serve para ilustrar os medos, os desafios e as vantagens de sair de casa. Teremos spoilers do filme. Vamos lá!
Sobre o Filme (COM Spoilers)
Amor e Monstros é um filme de aventura com toques de humor lançado em 2020. No Brasil, ele está disponível na Netflix.
Por causa de um asteroide, alguns animais se tornaram gigantes e viraram monstros, caçando outros animais e também seres humanos.
Joel Dawson (Dylan O’Brien) vive em uma colônia de sobreviventes. Já se passaram sete anos desde o apocalipse, ele é o único solteiro do grupo e ainda é medroso.
Depois de um ataque de monstros a sua colônia, ele decide sair de lá e encontrar sua ex-namorada, a quem tinha prometido rever um dia.
Ele toma coragem e sai, mas passa por muitos desafios. Ele quase nunca esteve sozinho porque fez amizade com um cachorro e um casal de exploradores.
Joel chega ao seu destino, mas descobre que sua “ex” Aimee (Jessica Henwick) já não é a mesma garota com quem um dia namorou. Vendo que os dois não combinam mais, Joel decide voltar para casa enquanto Aimee pretende seguir com um outro grupo de sobreviventes para um local seguro.
Felizmente, Joel descobre que esse outro grupo não quer o bem de Aimee e os enfrenta, conseguindo vencê-los.
Mesmo assim, o casal segue separado, cada um com seus objetivos.
No final, Joel incentiva outras colônias a enfrentarem o medo e rumarem para as montanhas, onde é mais seguro.
Quer ver o filme em detalhes, conhecendo cada personagem, apreciando cada confronto e se divertindo com cada piada? Veja Amor e Monstros na Netflix.
Reflexão sobre Amor e Monstros: Uma Motivação e uma Decisão
Joel tinha prometido no primeiro dia do apocalipse que reencontraria Aimee. Passaram sete anos e ele não cumprira sua promessa.
Joel não era muito bom enfrentando monstros e acreditava que não conseguiria sobreviver sozinho ao percurso. Esse medo o paralisava.
A cada ano, mais isolado emocionalmente Joel ficava já que ele esperava o dia de reencontrar Aimee enquanto as demais pessoas iam formando casais. Mesmo assim, Joel não agia.
Tudo muda quando sua colônia é atacada e um dos sobreviventes morre. Nessa hora, a “ficha” de Joel caiu e ele viu que não dava mais para esperar, que ele precisava dar um rumo para sua vida e ir realizar seu objetivo.
Assim também somos nós quando saímos da casa de nossos pais e vamos “ganhar o mundo”. Para cada pessoa é diferente, mas geralmente isso acontece quando vamos fazer faculdade, quando vamos aceitar um emprego ou quando vamos casar.
Sair da casa dos pais nunca é fácil porque lá costuma ser mais confortável. É alguém cuidando das contas, dos afazeres domésticos, da comida enquanto você foca apenas na sua vida e nos seus problemas.
Se o sair de casa ainda exige uma mudança para longe, o medo é ainda maior porque você precisa reaprender como viver nesse novo lugar, com uma população diferente, um ritmo de vida diferente, precisando descobrir onde fica cada coisa no local e, normalmente, vivendo longe de parentes e amigos com quem você cresceu.
De qualquer forma, não basta ter uma motivação, tem que ter também uma decisão. Joel viveu sete anos com sua motivação, mas só quando sua colônia foi atacada que ele tomou a decisão.
Assim também somos nós: queremos cursar a melhor faculdade da nossa área, queremos pegar o melhor emprego, queremos morar no melhor local. Porém, é preciso uma decisão para fazermos algo, senão ficamos na estabilidade do lar doméstico (que é mais fácil): cursamos a faculdade do bairro, pegamos o emprego mais próximo da casa, dizendo que vai esperar juntar mais dinheiro para comprar a casa ou reclamando que os alugueis estão caros.
Precisamos encarar esse medo do desconhecido que nos paralisa e tomarmos a decisão de arriscar o novo porque, como veremos no tópico seguinte, as coisas não são tão difíceis quanto parecem.
Reflexão sobre Amor e Monstros: Mudar não é tão Ruim
Quando Joel sai da colônia, as coisas dão um pouco errado logo no começo. Porém, depois, as coisas vão se “acertando”.
É óbvio que esse “se acertar” não significa que os problemas acabaram, mas que Joel foi aprendendo a lidar com os problemas, vendo que o mundo exterior é sim perigoso, mas não impossível de viver. Vendo que existem soluções para as dificuldades que aparecem e que os horizontes se abrem quando se explora o mundo.
Morar em grupo para fazer faculdade ou trabalhar vai te desafiar a conviver com pessoas diferentes de você, que possuem suas particularidades e que não vão fazer as suas vontades. Por outro lado, você terá acesso a histórias bem diferentes, terá a oportunidade de viver experiências únicas. Passará por desafios e apreciará enormemente superá-los.
Morando sozinho, você terá todo o desafio de cuidar de uma casa, desde a manutenção da limpeza até resolver os problemas domésticos (como um entupimento). Por outro lado, você terá a liberdade de fazer o seu horário, levar para sua casa quem você quiser, decorar os cômodos como desejar.
Ir para uma outra cidade, estado ou país é uma grande mudança (especialmente se não tiver conhecidos lá para te ambientar). Mas a experiência será gratificante porque você aprenderá outra cultura, fará amizade com pessoas locais, descobrirá como sua antiga cidade era boa ou ruim em alguns aspectos.
Eu acredito que existe um instinto explorador em todos nós, provavelmente resquícios da nossa ancestralidade. É só ver como a maioria das pessoas gostam de fazer trilhas ou turismo. Existe uma gratificação mental, emocional e até fisiológica quando conhecemos algo novo, superamos um desafio, provamos para nós mesmos que vencemos uma dificuldade.
Isso tudo ocorrerá a cada segundo no seu novo local de moradia, quando você vencer cada obstáculo que surgir até você se adaptar a sua nova realidade.
Reflexão sobre Amor e Monstros: Você não Precisa estar Sozinho!
Um dos maiores medos de sair de casa é ficar sozinho, e esse sozinho pode ser literal ou sem alguém com quem você está acostumado a conviver (que conhece totalmente seu jeito e suas manias e você as dele). Porém, esse medo pode ser contornado com algumas ajudas e reflexões.
No filme, vemos que Joel sai sozinho, mas logo encontra um cachorrinho que vai lhe acompanhar durante toda a viagem. A relação entre eles não foi sempre perfeita, mas entre brigas e trocas de carinho, ambos souberam se completar.
Ter um animal de estimação é muito bom e até importante para quem está sozinho. Não pode ser um bicho que lhe dê muito trabalho, senão ele virará um estorvo em vez de companheiro. Mas escolhendo bem, você terá um ser para te acompanhar e ficar com você durante os momentos em que se sentir só.
Voltando ao filme, também durante a jornada, Joel encontra um casal de estranhos que lhe ajuda a passar por desafios e lhe dá dicas e conselhos que lhe farão amadurecer e evoluir.
Assim também ocorre em nossa caminhada de vida: pessoas aleatórias aparecerão e nos ajudarão a lidar com os problemas que estivermos enfrentando. Pode ser um vizinho, um colega de faculdade ou trabalho, alguém que você conhece em um “rolê” aleatório. Pode ser difícil de acreditar, mas coisas desse tipo acontecem e serão superimportantes.
É por isso que você precisa estar predisposto a deixar esses encontros ocorrerem. Deixa o acaso te guiar, tente superar o receio ou a timidez e permita que estranhos se aproximem da sua vida e lhe ajudem a lidar com sua missão.
Para quem vai morar com alguém, seja colega, amigo ou companheiro, é importante entender que convivência doméstica não é a mesma coisa que passar algumas horas do dia ou um fim de semana. Administrar um lar é um conjunto de responsabilidades e atritos podem e irão ocorrer. É preciso resiliência para aguentar esses momentos.
Mesmo assim, pode ocorrer de você descobrir que aquela pessoa superlegal de sair ou de passar o fim de semana não é tão legal para morar… e está tudo bem com isso. Cuidar de uma moradia exige muito de entrosamento e, nos assuntos do lar, nem sempre esse entrosamento ocorre com pessoas que possuem entrosamento em outras áreas.
De qualquer forma, isso não pode ser motivo para desistir. Lembre-se que conviver com seus pais foi fácil porque eles faziam a maioria das coisas e eles já estavam a sua vida inteira acostumados com você e vice-versa. Logo, não pode desanimar de encontrar alguém legal para dividir seu cantinho se assim for da sua vontade.
Conclusão
Como falei desde o título dessa reflexão sobre Amor e Monstros, para mim, esse filme é uma metáfora sobre o amadurecimento que todos passam ao sair de casa e “ganhar o mundo”. Deixar o lar e viver nossas vidas é um grande desafio, que vai nos deixar com medo, que vai nos abalar, mas que também vai nos trazer muitas alegrias e experiências únicas. Depois do “empurrãozinho” inicial, tudo irá se encaixar aos poucos e você verá que valeu muito a pena correr o risco.
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Até a próxima e tenham uma boa viagem!
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